Hannah Arendt foi uma notável pensadora social e política. Uma das razões pelas quais me sinto particularmente atraído pelo seu pensamento, nos termos legados em livro, é o seu carácter profundamente surpreendente e inovador. Um exemplo claro desta qualidade é a distinção entre labor, trabalho e acção realizada pela autora na sua obra A condição humana. Não vou discutir aqui e agora estas noções, mas é de facto entusiasmante acompanhar - estando-se ou não em acordo total com as suas teses - a forma como a autora questiona, a partir de conceitos como estes, aspectos tão fundamentais e cruciais do pensamento social, económico e político moderno, como os atinentes ao conceito de trabalho, que problematiza incessantemente. E fá-lo, de forma tão brilhante quanto informada, a partir dos contributos exemplares da cultura clássica, na Grécia e em Roma.
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